Dermatofitose Canina

Os dias quentes começaram e conseqüentemente a freqüência de visitas aos pet shops para os banhos dos nossos companheiros, mas deve-se sempre haver cuidados nessa época quanto as dermatofitoses (doenças causadas por fungos), pois a combinação de temperatura elevada e umidade é perfeita para o desenvolvimento dos fungos cutâneos, principalmente em cães de pelos longos e as raças que possuem as “dobrinhas” na pele, tal como pug, sharpei, bulldog, etc. Usualmente as dermatofitoses são causadas por fungos do gênero  Microsporum sp  e Trichophyton sp, a transmissão normalmente ocorre através de contato direto com pelos e crostas de cães e gatos infectados ou através de objetos (pentes, lâminas de tosa, toalhas, caminhas, etc.) contaminados e também através do próprio ambiente que o animal frequenta. Normalmente quando bem adaptados, os microorganismos do gênero Microsporum sp induzem a uma resposta inflamatória mínima, tornando seu hospedeiro um portador assintomático da doença, enquanto que infecções por Trichophyton sp demonstrem um quadro inflamatório mais agudo. Geralmente, em cães saudáveis as dermatofitoses tendem a serem autolimitantes, ou seja o próprio organismo do animal consegue eliminar a infecção, já animais com o sistema imunológico comprometido podem desenvolver quadros crônicos e generalizados. Vale ressaltar que a dermatofitose canina é uma doença com potencial zoonótico (passível de transmissão ao homem), porém de pouca gravidade e de tratamento responsivo, se diagnosticado corretamente.
Quando for notado a presença de lesões (áreas sem pelo, com ou sem crostas e geralmente não coçam), que levantem a suspeita quanto a dermatofitoses, deve-se levar o animal ao veterinário, onde o mesmo poderá solicitar exames através do raspado de pele e pelos, tais como pesquisa direta e cultura fúngica. Caso seja confirmado o diagnóstico, o tratamento poderá ser realizado através de banhos medicinais até a terapia oral com antifúngicos dependendo da intensidade do quadro. Vale lembrar também que esses tratamentos são longos e exigem paciência por parte do proprietário. Para evitar a infecção fúngica, deve-se evitar o contato de animais que sejam suspeitos de infecção e evitar a umidade freqüente, como secagem inadequada após banhos, exposição a chuvas e quintais constantemente úmidos.
Qualquer dúvida, estaremos a disposição!! DIAG & VET – Laboratório veterinário de Análise Clínicas.